terça-feira, 31 de maio de 2011

Éminence



No acaso percebo a insensatez das horas. Tudo é breu na aurora do momento e te sinto assim tão rente e tão disperso do meu ser cálido.
Tuas sonoridades me causam arrepios de sutileza sensações escassas. Busco o que não vejo, tateio o inconcebível em busca de respostas que teus olhos negam. Toda a futilidade do ser está presente nos pensamentos que negligenciam a minha alma.
Jubiloso é o prazer que sinto quando tenho-te presente na janela dos meus olhos, mesmo sabendo que espreita-me sem entender as difusões e distorções que pairam frente a ti.
Eu que não posso vir a ser a cobrança dos instantes, tento mostrar como é doce essa grande rendição, mesmo não tendo alguém em si.
Mas a força que me seduz, é a minha vida que busco em ti. Dentre todos os defeitos que vejo, estilhaçados como cacos vivos que perdem o brilho e atenuam as cores, você é a única qualidade, que permanece intacta quando nada mais faz sentido...

                                                                 (Dinha Greyce) 

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