terça-feira, 31 de maio de 2011

Éminence



No acaso percebo a insensatez das horas. Tudo é breu na aurora do momento e te sinto assim tão rente e tão disperso do meu ser cálido.
Tuas sonoridades me causam arrepios de sutileza sensações escassas. Busco o que não vejo, tateio o inconcebível em busca de respostas que teus olhos negam. Toda a futilidade do ser está presente nos pensamentos que negligenciam a minha alma.
Jubiloso é o prazer que sinto quando tenho-te presente na janela dos meus olhos, mesmo sabendo que espreita-me sem entender as difusões e distorções que pairam frente a ti.
Eu que não posso vir a ser a cobrança dos instantes, tento mostrar como é doce essa grande rendição, mesmo não tendo alguém em si.
Mas a força que me seduz, é a minha vida que busco em ti. Dentre todos os defeitos que vejo, estilhaçados como cacos vivos que perdem o brilho e atenuam as cores, você é a única qualidade, que permanece intacta quando nada mais faz sentido...

                                                                 (Dinha Greyce) 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

QUERIA SER UMA DIVA

             Então! Tem dias que seria muito bom se eu pudesse ser uma diva. É! D-I-V-A! Completamente dadivosa, pois necessito que cada vida que passe pela minha mão, seja a sua, a dele ou a dela, eu pudesse ser sempre a mesma, impecável, igual a verso e prosa.
             Eu teria sempre aquele olhar, que de tão brilhante, fosso confundido com estrelas, no momento em que provocam sinfonias no espaço.
            Queria que tivesse em todas as galerias, em todos os jornais e revistas, imagens da minha história


                                                          "E me atirava do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos,
                                                           não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo
                                                           de tudo quase: cinema, parque de diversão, de circo, cigano..." 
                                                           (BIVAR, Antônio)


             E que no instante correto, no ponto certo, entre todas as vidas que acolhi e deixei que fossem parte de mim, acontecesse comigo, - como um espaço de tempo que só acontece entre o mito e a realidade - o meu rito de passagem... a minha passagem para o infinito.


                                                                   "Aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disse que eu
                                                                   tinha medo. Do que não ficava para sempre". (BIVAR, Antônio)