quarta-feira, 15 de junho de 2011

Almost!


Percebi dia desses que tenho diversos tons, formas, sons e cheiros
Tenho variações que vão do amarelo quase branco ao violeta intenso
Numa escala de valores melancólicos,
Mas ao mesmo tempo sólidos.

Descobri que sou mulher ou quase.
E me sinto sendo quase.
E quando atravessando a rua, por minhas pernas me deixo levar
Eu sempre vou em direção ao sol e com certeza evaporo.
Porque eu sou quase.

Sou quase quando as palavras me fogem
Sou quase sem quase ser menina,
Sou quase sem querer,
Sou quase não sabendo ser.
Quase poeira, canção... Quase nada!

Mas queria mesmo ter o cheiro da noite
Ser a chuva que molha
Ser o som do instrumento que pulsa a canção.
Mas...
Sou quase.
Mulher de capricórnio, quase aquário.
E ser quase é quase um não
Não sei então ser mulher...

Quando não me olham sumo.
Fico incolor.
Chata.
Chamariz de luz fraca.
Sou sem dúvida um carrossel manual,
como caixinha de jóias
rodopiando na canção (como fada de Botequim que quase sou)
toda vez que abrem,
me fazem dançar ao som dos Bandolins,
e guardam-me sem perceber o quanto estou zonza.
OU quase assim...

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